O Brasil respondeu por 40% da destruição global de florestas tropicais em 2024, segundo dados da Universidade de Maryland e do World Resources Institute. A perda foi puxada pelos incêndios, que cresceram de forma acentuada, impulsionados por seca histórica e pelos efeitos do El Niño. A área devastada equivale ao território do Panamá.
Pela primeira vez desde o início dos registros, o fogo superou o desmatamento por atividade agrícola. Dois terços da cobertura nativa perdida no país resultaram diretamente de queimadas. A Amazônia teve a maior perda desde 2016 e o Pantanal foi o bioma mais atingido. O agronegócio representou 13% das perdas, índice abaixo do registrado em anos anteriores.
Apesar do discurso de preservação, os resultados práticos da atual gestão não impediram o avanço das chamas. “Sem investimentos sustentados na prevenção e fiscalização, conquistas podem se perder”, alertou Mariana Oliveira, do WRI Brasil.