O Brasil registrou avanço preocupante na presença de crime organizado, subindo da 22ª para a 14ª posição no Índice Global de Crime Organizado, divulgado nesta segunda-feira (10) pela Iniciativa Global Contra Crime Organizado Transnacional (GI-TOC).
Estudo avalia o nível de criminalidade e a capacidade dos Estados de enfrentar organizações criminosas. Em termos de resiliência, o país aparece na 86ª posição, mostrando melhora em relação a 2023, mas permanece no grupo de 66 nações com alta criminalidade e baixa capacidade de combate.
O relatório aponta a expansão do tráfico de cocaína ligado à América do Sul e a atuação de grupos com infiltração no Estado como a forma mais prevalente de criminalidade no mundo. Em 80 dos 193 países analisados, facções exercem influência severa sobre instituições estatais. O Brasil aparece no mesmo quadrante de México, Camboja, Rússia e países africanos, destacando a vulnerabilidade institucional.
O estudo considera o período de 2021 a 2025, indicando que a deterioração acelerou nos últimos anos. A ascensão de cartéis sul-americanos com conexões globais transformou o país em um hub do narcotráfico, com grupos criminosos cada vez mais presentes em diversas instituições, segundo especialistas e investigações recentes.