Em encontro com empresários nesta terça-feira (15), o governo brasileiro sinalizou que não pretende retaliar a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais, em vigor a partir de agosto.
A decisão, adotada pela gestão Trump, visa proteger a indústria americana e tem respaldo na política comercial norte-americana. O Planalto, por sua vez, prioriza o diálogo para evitar prejuízos maiores ao comércio bilateral.
Segundo José Velloso, presidente da ABIMAQ, os ministros presentes descartaram o uso da Lei de Reciprocidade, o que foi bem recebido pelo setor produtivo. “Reagir com tarifas elevaria as tensões e poderia inviabilizar o intercâmbio entre os dois países”, alertou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o Brasil busca preservar o canal de diálogo com os EUA.
O empresariado teme a perda do mercado norte-americano, especialmente no setor de manufaturados, onde há pouca margem para redirecionar a produção. A decisão brasileira sinaliza respeito ao peso dos Estados Unidos como parceiro estratégico, optando pela via diplomática e pela estabilidade comercial.