Brasil refém do “Juridicialismo”: quem tem voto já não governa

Ex-ministro e agora como Deputado Federal Osmar Terra denuncia a inversão de poderes e alerta que decisões fundamentais estão sendo tomadas por quem não passou pelo crivo das urnas.

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Brasil refém do “Juridicialismo”: quem tem voto já não governa
Reprodução Bradock Show

A estrutura política brasileira foi moldada para ser parlamentarista, mas acabou transformada em um presidencialismo confuso, um verdadeiro Frankenstein institucional. O resultado? Um sistema onde o Executivo se acomoda enquanto decisões cruciais são tomadas por aqueles que sequer receberam um único voto. O deputado Osmar Terra alertou para essa distorção: "Quem está tomando as medidas de governo é o Supremo, nem o Poder Executivo, nem nós".

O Brasil assiste a uma inversão perigosa. Enquanto o Congresso, eleito por milhões de brasileiros, vê suas prerrogativas minadas, o país caminha para um "semijuridicionalismo", onde a última palavra cabe a um grupo restrito que ignora a vontade popular. A política se esvazia, e o parlamento corre o risco de se tornar apenas figurativo. Se isso continuar, para que eleições? Para que Congresso?

Diante dessa realidade, a omissão não pode ser opção. Se os representantes do povo não reagirem, perderão qualquer relevância, reduzindo-se a meros espectadores de um jogo onde as regras são ditadas por quem jamais passou pelo crivo das urnas. O que está em jogo não é um embate de poderes, mas o próprio princípio da representação popular. O alerta foi dado: ou o Congresso se impõe, ou que "peguem o boné e vão para casa", como bem disse Osmar Terra.

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