A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução reafirmando a integridade territorial da Ucrânia, mas o Brasil optou pela abstenção. Enquanto 93 países votaram a favor e 18 contra, o governo brasileiro seguiu sua postura histórica de evitar condenações explícitas contra a Rússia, mantendo-se distante da posição de aliados ocidentais. Ao todo, 65 países se abstiveram da decisão.
O voto brasileiro reflete a diplomacia de equilíbrio, mas levanta questionamentos sobre sua real posição no cenário global. Paralelamente, os Estados Unidos apresentaram uma proposta alternativa pedindo por uma “paz justa”, mas sem mencionar a integridade territorial ucraniana. O texto obteve 93 votos favoráveis e 73 abstenções, demonstrando um apoio menor do que resoluções anteriores.
Enquanto a ONU tenta manter relevância diante do conflito, os debates seguem polarizados. A vice-ministra ucraniana Mariana Betsa classificou a votação como um "momento histórico", enquanto o chanceler russo Sergey Lavrov defendeu a contenção da OTAN. O Brasil, no entanto, escolheu mais uma vez o caminho do silêncio estratégico.