O Brasil figura em um contexto desafiador no cenário global, ocupando a segunda posição entre os países do G20 com a maior parcela da população vivendo abaixo da linha de pobreza, com 5,8%, ficando atrás apenas da Índia, que apresenta 12,9%. Os dados de 2021, divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, revelam que o critério adotado identifica como pobres aqueles com rendimento inferior a US$ 2,15 por dia.
Em ano significativo, no qual o país sedia a cúpula do G20, são intensificados os estudos e eventos que destacam questões socioeconômicas nacionais. Segundo Denise Kronemberger, coordenadora do Projeto ODS no IBGE, o instituto busca "trazer para o debate as sinergias entre a agenda 2030 e o G20", com informações que possam enriquecer as discussões acerca das desigualdades.
Além das estatísticas econômicas, o estudo aborda a educação, mostrando que, apesar dos Estados Unidos liderarem com a maior taxa de cobertura no ensino médio (94,6%), o Brasil alcança 73,37%, situando-se à frente do México, o qual registra 59,53%.
Quanto à representatividade feminina nos congressos nacionais, a América Latina destaca-se com dois países no top 3: México e Argentina. No entanto, o Brasil ocupa o penúltimo lugar na lista, com 14,81%, apontando para uma necessidade de maior inclusão feminina no espectro político.
Alguns países do G20 se comprometeram a fomentar 17 ODS, consideradas metas da ONU para o desenvolvimento:
- erradicação da pobreza;
- fome zero e agricultura sustentável;
- saúde de qualidade;
- educação de qualidade;
- igualdade de gênero;
- água limpa e saneamento;
- energia limpa e acessível;
- trabalho decente e crescimento econômico;
- indústria, inovação e infraestrutura;
- redução das desigualdades;
- cidades e comunidades sustentáveis;
- consumo e produção responsáveis;
- ação contra a mudança global do clima;
- vida na água;
- vida terrestre;
- paz, justiça e instituições eficazes;
- parcerias e meios de implementação.