Brasileiro abandona poupança e busca saídas mais rentáveis

Saques somam R$ 45,7 bilhões no trimestre e refletem desilusão com rentabilidade pífia da caderneta

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Brasileiro abandona poupança e busca saídas mais rentáveis
Banco de Imagens

A caderneta de poupança registrou, em março, a maior retirada líquida para o mês desde 2022: R$ 11,459 bilhões, segundo o Banco Central. Com isso, o acumulado de fuga nos três primeiros meses de 2025 já chega a R$ 45,692 bilhões. O resultado expõe a frustração crescente do brasileiro com uma aplicação que, há muito, deixou de ser vantajosa.

Só em janeiro, os saques superaram os depósitos em R$ 26,2 bilhões, seguidos por R$ 8 bilhões em fevereiro. A baixa rentabilidade da poupança, aliada ao custo de vida elevado e à maior familiaridade com investimentos de melhor retorno, como Tesouro Direto e CDBs, impulsionou esse êxodo financeiro.

Mesmo com rendimento creditado de R$ 5,875 bilhões em março, o montante não segurou a sangria. Com R$ 1,004 trilhão aplicados, o saldo da poupança hoje é mais simbólico do que sólido. O recado do investidor é claro: paciência tem limite, até para o mais conservador.