Brechas na segurança: O desafio das fugas no sistema prisional brasileiro

A Crise nas Penitenciárias Revela Lacunas no Monitoramento e na Gestão da Segurança Pública

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Brechas na segurança: O desafio das fugas no sistema prisional brasileiro
Reprodução

O início de 2024 desvelou uma preocupante tendência nas penitenciárias brasileiras, com um aumento alarmante nas fugas de detentos, abrangendo desde instituições de segurança mínima até complexos de segurança máxima, administrados tanto por estados quanto pelo governo federal. A crescente insegurança nas unidades prisionais coloca em xeque a eficácia das políticas públicas voltadas para a segurança e o controle penal no país.

No dia 14 de fevereiro, a fuga de dois detentos de um presídio de segurança máxima em Mossoró, Rio Grande do Norte, marcou um precedente histórico de insegurança no sistema prisional brasileiro. Esses fugitivos, de elevada periculosidade e vinculados ao Comando Vermelho, evidenciam a falha crítica na vigilância e no controle interno, numa unidade sob a égide federal.

Poucos dias após, a penitenciária Dom Abel Alonso Nuñes, em Bom Jesus, Piauí, foi palco da evasão de 17 prisioneiros, adicionando mais um episódio à série de falhas no sistema de segurança prisional gerido pelos governos locais. E em março, outro incidente similar foi notificado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, com a fuga de dois detentos utilizando uma corda para transpor um dos muros da unidade.

A ausência ou ineficiência do sistema de monitoramento por câmeras emerge como um elo fraco na cadeia de segurança das prisões, levantando questionamentos acerca da priorização e alocação de recursos para a infraestrutura prisional. A falha ou inexistência de câmeras de segurança, como observado nos casos do Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul, destaca um descaso com a vigilância e a prevenção de fugas, comprometendo a integridade do sistema penal e, por extensão, a segurança pública.

Este cenário não apenas expõe deficiências gritantes na administração prisional, mas também simboliza um desafio maior para a sociedade brasileira, que se vê cada vez mais vulnerável às consequências da criminalidade desenfreada. A pergunta "Onde estão as câmeras?" ecoa como um clamor por justiça e segurança, sublinhando a necessidade urgente de reformas estruturais no sistema prisional.

A garantia da segurança pública é um direito inalienável do cidadão e um dever do Estado, que deve adotar medidas rigorosas para fortalecer o monitoramento e a gestão das penitenciárias. O investimento em tecnologias de vigilância, a melhoria das condições de infraestrutura e a capacitação de profissionais são passos cruciais para reverter este quadro de vulnerabilidade.

O Brasil, em sua busca por justiça e ordem, não pode permitir que a leniência e a ineficácia comprometam a segurança de sua população. É imperativo que as autoridades competentes tomem ações decisivas para assegurar que as penitenciárias cumpram seu papel fundamental na manutenção da ordem pública, protegendo a sociedade contra os riscos impostos pela criminalidade. Somente através de uma gestão eficiente e de investimentos assertivos em segurança será possível restaurar a confiança no sistema prisional e, por conseguinte, na capacidade do Estado de garantir a paz e a segurança a todos os brasileiros.