A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central. Com currículo elogiado até por opositores, sua nomeação foi marcada por uma votação unânime, refletindo a confiança em sua capacidade técnica. No entanto, a sabatina trouxe à tona um debate fundamental: a autonomia financeira do BC, questão que divide opiniões e não foi plenamente abordada pelo novo indicado.
Galípolo evitou compromissos diretos com a autonomia administrativa do Banco Central, afirmando que a discussão precisa ser "reexplicada". Utilizou uma analogia para descrever a relação da instituição com o governo, destacando que o BC deve seguir metas traçadas democraticamente. Tal posicionamento, porém, deixou em aberto um ponto crucial: a gestão financeira do órgão, aspecto que já recebeu duras críticas, principalmente por aqueles que defendem maior independência.
A Proposta de Emenda à Constituição em trâmite no Senado, que visa garantir a autonomia orçamentária do Banco Central, pode ser o verdadeiro teste para a futura gestão de Galípolo.