O mercado do café robusta testemunhou uma expressiva valorização em janeiro, atingindo um patamar de preço não observado desde 7 de outubro de 2021. De acordo com o Indicador CEPEA/ESALQ, o tipo 6, peneira 13 acima, fechou o mês com um valor real de R$ 854,71 por saca de 60 kg, após ajuste pelo índice IGP-DI. Esta cifra representa uma ascensão notável, com a média mensal de R$ 802,67 por saca superando em 8%, ou aproximadamente 60 reais, o valor médio registrado em dezembro.
Pesquisadores do Cepea indicam que a robustez na demanda externa por essa variedade de café contribui significativamente para essa tendência ascendente. Paralelamente, o mercado tem sido influenciado por incertezas relativas à produção interna. Informações de colaboradores do setor apontam para o surgimento de uma nova espécie de cochonilha nas lavouras do Espírito Santo, um desenvolvimento preocupante que ameaça a saúde dos cafezais e pode comprometer a safra de 2024/25.
Este cenário destaca a importância do café robusta dentro do agronegócio brasileiro, tanto para a economia local quanto para o mercado global. A atual valorização do produto sublinha a relevância de práticas agrícolas sustentáveis e do manejo adequado de pragas, visando a preservação da qualidade e da produtividade das culturas.
O desafio imposto pela nova praga aos produtores de café no Espírito Santo reforça a necessidade de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento no setor agrícola. A adoção de tecnologias inovadoras e a implementação de estratégias eficazes de controle de pragas são fundamentais para assegurar a resiliência e a sustentabilidade da produção de café robusta no Brasil.
Em um momento em que o país se destaca como um dos principais produtores e exportadores de café no cenário internacional, a valorização do café robusta serve como um lembrete da importância estratégica deste setor para a economia nacional e para a manutenção da liderança brasileira no mercado global de café. A resposta do setor agrícola às atuais adversidades será determinante para o futuro da produção de café robusta no país, reforçando o compromisso com a qualidade, a sustentabilidade e a inovação no agronegócio brasileiro.
