Caixa domina o Pix e promete digitalização total, mas o que está por trás desse avanço?

Banco estatal lidera transações instantâneas e investe bilhões em tecnologia, mas controle digital preocupa especialistas

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Caixa domina o Pix e promete digitalização total, mas o que está por trás desse avanço?
Marcello Casal jr/Agência Brasil

O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, anunciou que o banco responde por 25% das transações diárias de Pix no Brasil, o que equivale a 47 milhões de operações por dia, segundo dados do Banco Central. O volume impressionante reforça o protagonismo da instituição no sistema financeiro, mas também levanta questionamentos sobre a centralização do meio de pagamento e os riscos de controle estatal sobre as finanças dos cidadãos.

Vieira destacou que a segurança cibernética se tornou uma “obsessão” para a Caixa, justificando um investimento de R$ 2,2 bilhões em tecnologia no último ano. A digitalização avança a passos largos, com a meta de eliminar o uso de papel no crédito habitacional até 2025. “Vamos deixar de derrubar 4,4 mil árvores por ano com essa mudança”, afirmou o presidente, apostando no discurso ambiental para defender a iniciativa. Contudo, críticos alertam para os perigos do crescente controle digital sobre os recursos financeiros da população.

Além de reforçar sua infraestrutura tecnológica, a Caixa tem buscado parcerias com startups através do hub TEIA, um projeto voltado à modernização dos serviços. Entre os avanços, Vieira citou a redução do tempo de aprovação de cartões de crédito de três dias para apenas cinco minutos. Embora a digitalização prometa mais eficiência, há quem veja nela um passo para a total dependência dos brasileiros de um sistema financeiro cada vez mais concentrado e sujeito à intervenção estatal.