A Câmara decidiu poupar o deputado Glauber Braga, mesmo diante de uma agressão registrada em vídeo contra um ativista do MBL dentro do próprio Congresso. O episódio, evidente e incontestável, acabou sendo suavizado após articulação comandada pelo PT, que inverteu a ordem de votação para priorizar a pena mais branda. Com 318 votos, a suspensão foi aprovada e a cassação sequer chegou ao plenário.
Glauber tentou justificar o chute e o empurrão alegando “defesa da honra” por uma suposta ofensa à mãe afirmação que nenhuma testemunha confirmou. A versão frágil foi suficiente para garantir blindagem política, ignorando a gravidade de um parlamentar agredir um cidadão em espaço institucional.
Com a manobra, o deputado volta em seis meses como se nada tivesse ocorrido. O recado é inequívoco: quando o interesse de certos grupos fala mais alto, a disciplina e o decoro perdem força, enquanto a impunidade se torna regra.
