Cuiabá – O cenário político de Cuiabá está sob intensa especulação após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) reprovar, por 6 votos a 1, as contas da Prefeitura de Cuiabá relativas ao ano de 2022. Esta decisão, aguardada com expectativa e preocupação, agora coloca a Câmara Municipal diante de uma votação decisiva.
O julgamento das contas, que teve um breve adiamento devido a um pedido de vista do conselheiro Valter Albano, resultou em uma clara maioria contra a aprovação. Albano, que defendeu a aprovação, acabou sendo o único voto divergente nesta decisão crítica.
Um dos aspectos mais destacados durante o julgamento foi o aumento expressivo nos gastos com pessoal na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Conforme apontado pelo conselheiro Waldir Teis, os gastos superaram 90%, um fator que pesou consideravelmente na decisão do TCE.
Essa reprovação agora coloca a Câmara Municipal de Cuiabá em uma posição delicada. Os vereadores, segundo relatos, decidiram aguardar a conclusão do julgamento do TCE antes de proceder com a própria votação sobre o assunto. Além disso, circula entre bastidores a discussão de um pedido para cassação do prefeito, embora ainda não haja uma decisão formal sobre este caminho.
O presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), declarou que a votação sobre as contas reprovadas do prefeito Emanuel Pinheiro está prevista para ocorrer no próximo ano, dependendo da chegada do balanço financeiro enviado pelo TCE antes das sessões pré-agendadas.
Este cenário de incerteza e expectativa na política cuiabana não apenas ressalta a importância do papel fiscalizador dos órgãos de controle como o TCE, mas também aponta para um período de intensas discussões e decisões políticas na Câmara Municipal. A comunidade cuiabana, bem como observadores políticos, aguardam com atenção os próximos passos neste caso que pode ter profundas implicações na administração da capital mato-grossense.
Fonte: EstadoMT