Com 268 votos favoráveis e 199 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para acelerar a análise da proposta que amplia de 513 para 531 o número de parlamentares. A manobra, tratada como prioridade por setores da Casa, escancara o descompasso entre a máquina pública e a realidade do contribuinte. O Governo Lula, por sua vez, permanece calado diante de mais uma expansão bilionária.
O parecer do deputado Damião Feliciano tenta suavizar o impacto, alegando que não há custo imediato, mesmo com previsão de R$ 64,6 milhões anuais. A medida responde a uma ordem do STF, que exige atualização com base no Censo de 2022, mas o Congresso escolheu aumentar cadeiras em vez de redistribuí-las.
A justificativa de que “há orçamento sobrando” escancara a lógica do desperdício institucionalizado. Em vez de enxugar a estrutura, optam por inflá-la e quem paga a conta, como sempre, é o cidadão.