A Câmara barrou a cassação da deputada Carla Zambelli ao não alcançar os 257 votos exigidos: foram 217 favoráveis, 170 contrários e 10 abstenções. Hugo Motta levou o caso ao plenário, contrariando a exigência de decisão automática vinda do tribunal. O gesto abriu espaço para um raro ato de independência institucional. Sóstenes Cavalcante sintetizou o clima: “Não vamos nos curvar à ditadura da toga”.
O filho de Zambelli, aniversariante do dia, acompanhou a sessão. Em discurso técnico, o advogado alertou que uma cassação sem base sólida criaria um precedente devastador: “Se ela for cassada, isso vai se repetir nesta Casa”. Mesmo presa na Itália, à espera de extradição, Zambelli mantém o mandato.
O recado do Legislativo foi claro: não aceitará imposições que desfigurem sua autonomia. A votação expôs que ainda há resistência ao avanço de decisões que atropelam garantias essenciais.