A nomeação de esposas de ministros do governo para cargos vitalícios em Tribunais de Contas Estaduais expõe a falta de transparência no uso do poder político. Em destaque, Onélia Santana, esposa do ministro da Educação, Camilo Santana, foi indicada ao TCE do Ceará com um salário base de R$ 39.717,69, somado a penduricalhos que elevam seus ganhos a mais de R$ 60 mil mensais. Esse caso não é isolado: outras esposas de figuras de destaque no governo também ocupam posições similares, como Marília Góes, que chegou a acumular rendimentos de R$ 119 mil em meses específicos.
Esses cargos, além de garantirem altos salários, incluem benefícios como auxílio-alimentação e saúde, compondo uma estrutura que ultrapassa os limites do aceitável diante das dificuldades enfrentadas por milhões de brasileiros. Para muitos, a indicação dessas conselheiras, sem critérios técnicos evidentes, revela um uso questionável do poder, privilegiando aliados políticos e familiares.
O caso reflete uma prática que contraria princípios republicanos, alimentando críticas à gestão pública e ao uso de recursos do contribuinte. A permanência vitalícia nos cargos e os rendimentos milionários contrastam com o discurso de austeridade, deixando claro que a prioridade de alguns não está na população, mas na consolidação de privilégios.