O vereador Carlos Bolsonaro questionou abertamente, nesta terça-feira (9), quais seriam os interesses reais do Centrão, criticando o grupo por atuar em defesa do mercado financeiro e manter juros que sufocam famílias e empresas. Para ele, cada alta da Selic reforça os mesmos setores que historicamente lucram com a fragilidade do povo, enquanto discursos de responsabilidade e equilíbrio serviriam apenas como cortina de fumaça para preservar privilégios.
A declaração ocorre enquanto seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, tenta costurar apoios com líderes do bloco após oficializar sua pré-candidatura. Nos bastidores, Carlos vê com desconfiança o tom moderado defendido por caciques como Antonio Rueda, do União Brasil, e Ciro Nogueira, do PP, que divulgaram nota conjunta pedindo moderação política após o anúncio de Flávio.
Na segunda-feira (8), Flávio participou de jantar com Rueda, Nogueira e Valdemar Costa Neto para iniciar conversas estratégicas. Mesmo assim, lideranças do Centrão demonstram pouco entusiasmo com seu nome e seguem inclinadas a Tarcísio de Freitas, preferência que expõe a disputa interna por protagonismo no campo conservador.