Cármen Lúcia critica 'grão maligno da antipolítica' e pode definir julgamento de Bolsonaro

Placar está 2 a 1 pela condenação; Zanin dará último voto na Primeira Turma

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Cármen Lúcia critica 'grão maligno da antipolítica' e pode definir julgamento de Bolsonaro
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra Cármen Lúcia afirmou que, desde 2021, foram criadas “estratégias para objetivos espúrios” que prepararam o “terreno para o grão maligno da antipolítica” no Brasil. Para ela, os fatos da denúncia não foram negados “em sua essência” pelos acusados de tentativa de golpe. Seu voto pode ser decisivo: o placar está 2 a 1 pela condenação, com Moraes e Dino a favor e Fux pela absolvição.

Cármen já havia tornado Bolsonaro inelegível no TSE em 2023 e, em março, declarou que “houve sim tentativa de golpe”.

Durante a sessão, Dino rebateu “ameaças de governos estrangeiros” em alusão às sanções americanas e defendeu penas mais duras para Bolsonaro e Braga Netto.

O julgamento segue com expectativa sobre o voto do ministro Cristiano Zanin, último a se manifestar na Primeira Turma. Cármen, contudo, não enfrentou diretamente os pontos levantados por Fux, que questionou a competência do STF, alegou cerceamento de defesa diante de 70 terabytes de documentos e ausência de provas individualizadas.