Cármen Lúcia e o julgamento dos atos de 8 de Janeiro

Decisão da ministra pode ser determinante, mas seu voto levanta questionamentos sobre interpretação da prova

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Cármen Lúcia e o julgamento dos atos de 8 de Janeiro
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra Cármen Lúcia, do STF, votou em março de 2025 para tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado, afirmando que os ataques de 8 de janeiro de 2023 “não foram uma coincidência, nem uma festinha de domingo”.

Para a magistrada, os atos integrariam uma “máquina do golpe”, com planejamento e execução coordenados.

Críticos apontam que, embora o voto seja firme, sua interpretação amplia a análise dos indícios apresentados, transformando avaliações circunstanciais em elementos decisivos do processo.

A 1ª Turma retoma o julgamento nesta quinta-feira (11.set), com expectativa sobre como essa visão influenciará a formação da maioria e a conclusão sobre a responsabilidade individual dos réus.