O preço das carnes teve, em outubro, a maior alta mensal desde 2020, com aumento de 5,81%, segundo o IPCA divulgado pelo IBGE. Entre os cortes mais afetados estão o acém (9,09%) e a costela (7,40%). O gerente do IPCA, André Almeida, apontou fatores como o clima seco, a redução de abates e o aumento das exportações como causas principais do encarecimento.
A alimentação no domicílio também sentiu o peso da inflação, com alta de 1,22% no mês. O grupo Alimentação e Bebidas subiu 1,06%, ampliando a pressão sobre as famílias. Esse cenário reforça o impacto de políticas públicas que privilegiam exportações sem garantir o equilíbrio da oferta interna, prejudicando o consumidor.
O IPCA registrou avanço de 0,56% em outubro, acumulando 4,76% nos últimos 12 meses, acima da meta de 4,50% do Banco Central. A tendência preocupa, pois evidencia os desafios na condução econômica e a necessidade de maior responsabilidade fiscal para conter a inflação.