A decisão do TRE-SP contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pode provocar um efeito dominó, alterando a composição da Câmara dos Deputados. O argumento utilizado para cassá-la abre caminho para a anulação de votos do partido e uma nova recontagem, ameaçando mandatos de parlamentares como Tiririca, Paulo Bilynskyj e Luiz Philippe de Orléans e Bragança. Mais uma vez, a Justiça Eleitoral parece direcionar suas ações de forma seletiva, enfraquecendo adversários políticos.
A ação foi movida por Sâmia Bomfim (PSOL-SP), alegando que Zambelli teria divulgado informações falsas sobre 2022. No entanto, o questionamento sobre o processo eleitoral nunca foi crime, mas a sanha por silenciar opositores transformou qualquer crítica em justificativa para cassação. O caso expõe a instabilidade jurídica e o uso da máquina estatal para minar a representatividade de milhões de eleitores.
Ainda há interpretações que defendem a manutenção dos votos do PL, mas o histórico recente mostra que as decisões judiciais seguem um roteiro previsível. A crescente interferência no jogo democrático já não surpreende, evidenciando um cenário de insegurança jurídica que atinge apenas um lado do espectro político.