A Justiça de São Paulo determinou que Carla Zambelli apague postagens em que critica a jornalista Vera Magalhães, alegando que o conteúdo seria ofensivo e conteria informações falsas. A decisão, assinada pelo juiz Paulo Rogério Santos Pinheiro, negou, no entanto, o pedido de indenização da jornalista, reconhecendo a imunidade parlamentar da deputada. Mais uma vez, vê-se uma tentativa de silenciar vozes conservadoras enquanto figuras alinhadas à velha imprensa seguem intocáveis.
Entre as postagens censuradas, está a reprodução de uma fala do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, em um debate eleitoral, classificou Vera Magalhães como “vergonha para o jornalismo brasileiro”. Outro post questionava a postura da jornalista ao ridicularizar um relato de abuso sofrido pela ex-ministra Damares Alves. Curiosamente, a jornalista reconheceu o erro, mas, em vez de encerrar o assunto, partiu para a judicialização da crítica.
Apesar da decisão favorável à liberdade de expressão parlamentar, a exigência de remoção dos posts reflete o avanço de uma narrativa que busca controlar o discurso público, enquanto figuras progressistas seguem livres para difamar, atacar e distorcer fatos sem qualquer consequência.