Censura travestida de justiça: perseguição contra jornalista expõe abusos

Investidas contra Allan dos Santos revelam um cenário preocupante de cerceamento à liberdade de expressão

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Censura travestida de justiça: perseguição contra jornalista expõe abusos
Reprodução

A perseguição contra o jornalista Allan dos Santos alcança um novo patamar de abuso, com a Polícia Federal buscando informações sobre ele junto ao Supremo Tribunal Federal. Como bem pontuou Ricardo Salles, não há qualquer ameaça concreta que justifique tamanha caça ao jornalista, que apenas expressa suas opiniões — um direito fundamental. No entanto, em um cenário onde a liberdade de expressão parece incomodar certos setores, ele se torna alvo de uma campanha que beira o autoritarismo.

O pedido de dados pessoais e a pressão sobre as plataformas como Meta e X levantam questões graves sobre jurisdição e respeito à privacidade. O caso pode resultar em um impasse diplomático, pois as empresas estrangeiras são regidas por legislação própria, o que pode expor o Brasil a constrangimentos internacionais. O argumento de segurança nacional, amplamente utilizado para justificar tais investidas, parece frágil diante da ausência de qualquer prova concreta contra Allan.

Ao avançar nessa direção, cria-se um precedente perigoso contra qualquer um que ousar questionar narrativas oficiais. Essa escalada evidencia um projeto claro de cerceamento da liberdade de imprensa e do pensamento crítico. O cerco contra Allan dos Santos é um símbolo preocupante de como a perseguição política se disfarça de justiça para silenciar vozes incômodas.