A mesma base que aprovou a dosimetria na Câmara agora ensaia recuo no Senado. Otto Alencar exige que o texto volte para a CCJ, Renan Calheiros tenta colar rótulo de “inconstitucionalidade” e Jaques Wagner defende liberar apenas a “massa”, preservando justamente a situação do presidente Bolsonaro seletividade explícita, sem constrangimento. O objetivo é esticar o debate até 2026, quando o cálculo político será outro.
A senadora Damares destacou o absurdo do impasse: criminosos violentos terão direito a saidinhas de Natal, enquanto mães, idosos e manifestantes que rezaram no Congresso continuam atrás das grades. A discrepância deixa claro o tipo de Justiça que Brasília pretende cultivar.
Paulinho da Força afirmou ter alinhamento com Senado e até com o STF, sinal de que as peças se movem para manter tudo como está. Se o Centrão empurrar a votação, vence a lógica da conveniência — nunca a do equilíbrio jurídico.