O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) destacou um cenário preocupante: aproximadamente 270 auditores fiscais federais agropecuários preveem a entrega de seus cargos no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nas próximas semanas. Essa ação drástica visa pressionar por condições de trabalho mais adequadas, em resposta a políticas recentes do Ministério que, segundo eles, complicam a execução de suas funções vitais.
A motivação para tal medida veio após o anúncio de novas diretrizes que apertam os prazos para a certificação de itens essenciais na cadeia alimentar, como produtos destinados à alimentação animal e produtos de origem animal. A decisão, detalhada em uma portaria na última terça-feira, é vista como mais um obstáculo para os profissionais que já enfrentam desafios significativos, incluindo um déficit crítico de 1,6 mil servidores.
Além da sobrecarga de trabalho decorrente dessa escassez de pessoal, os auditores também lidam com a falta de compensação por insalubridade e a acumulação de horas extras não remuneradas, fatores que têm contribuído para um ambiente de trabalho cada vez mais insustentável. A situação é agravada por um aumento nos afastamentos por problemas de saúde, reflexo direto das condições adversas enfrentadas no exercício de suas funções.
Essa crise no Mapa não apenas expõe a urgência de uma revisão nas políticas de gestão de pessoal e nas condições laborais oferecidas aos auditores fiscais agropecuários, mas também levanta preocupações sobre a eficácia da regulação e supervisão da segurança alimentar no país. A demanda por uma ação imediata torna-se imperativa para garantir a continuidade dos serviços essenciais de inspeção e certificação que protegem a saúde da população e a integridade do setor agropecuário brasileiro.
