Nesta terça-feira (17), cerca de 50 mil detentos do regime semiaberto em São Paulo foram beneficiados pela "saidinha" temporária, incluindo criminosos de renome como Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves, protagonistas de alguns dos crimes mais chocantes da história recente do Brasil. Cravinhos, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, e Lindemberg, condenado pelo assassinato de Eloá Pimentel, terão sete dias de liberdade, enquanto a Justiça enfrenta sérios desafios para garantir a fiscalização adequada.
A concessão de liberdade temporária a criminosos dessa natureza expõe a falência de um sistema penal que frequentemente falha em proteger a sociedade. Durante a última "saidinha", 677 detentos não retornaram, e agora, em poucas horas, 15 já foram presos por violar as regras. A falta de rigor no controle dessas saídas, somada à reincidência criminal, coloca em risco a segurança pública, um reflexo de políticas que, claramente, não priorizam a proteção dos cidadãos.
O caso reforça a necessidade de reformas profundas no sistema penal e no combate à impunidade, pilares fundamentais para a preservação da ordem e da justiça. É imperativo que criminosos de alta periculosidade sejam mantidos sob rígido controle, evitando que saídas temporárias se tornem brechas para novas tragédias.