O ministro Vinícius Marques de Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU), negou que o órgão esteja negando acesso a documentos sensíveis do governo e impondo sigilo de 100 anos em mais de 1,3 mil casos. Durante uma sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, convocada pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP), Carvalho afirmou que a orientação da CGU é que documentos públicos sejam tarjados apenas nos trechos que contenham dados pessoais sensíveis, conforme exigido pela Lei de Acesso à Informação (LAI).
Kataguiri criticou a prática do governo atual, destacando que as negativas de acesso à informação com base na LAI já superaram os quatro anos do governo anterior. Em resposta, Carvalho enfatizou que, em 2023, o governo federal recebeu 130 mil solicitações de acesso à informação, com 75% dos pedidos atendidos, o segundo maior número desde 2012. O ministro também anunciou o desenvolvimento de uma solução de inteligência artificial para automatizar o processo de tarjamento, prevista para ser disponibilizada a todos os ministérios até julho.