A licença que permitia à Chevron operar no setor petrolífero da Venezuela deixará de vigorar na próxima terça-feira, 27 de maio, conforme confirmou o senador americano Marco Rubio. A autorização, emitida pelo Departamento do Tesouro dos EUA, permitia que a petroleira atuasse em meio às sanções impostas ao país sul-americano, como parte de uma estratégia para aliviar pressões econômicas e estimular negociações políticas.
A decisão marca uma mudança no cenário das relações entre Washington e Caracas, especialmente após informações de que autoridades americanas teriam discutido uma possível prorrogação em troca de acordos migratórios. Segundo o jornal Miami Herald, representantes do governo anterior teriam considerado uma extensão em troca de concessões do governo venezuelano. No Congresso, parlamentares reagiram à medida, destacando os impactos na economia venezuelana.
Atualmente, a Chevron responde por cerca de 24% da produção de petróleo da Venezuela, com aproximadamente 220 mil barris por dia. Analistas do setor consideram a empresa estratégica para manter em funcionamento parte da infraestrutura energética do país, que enfrenta dificuldades crônicas de investimento e manutenção desde a imposição de sanções internacionais.