A China habilitou 10 empreendimentos brasileiros para exportação de sorgo, após negociação iniciada em novembro de 2024. Quatro unidades ficam no Mato Grosso, quatro em Minas, uma em Rondônia e outra na Bahia.
O cereal, usado em farinha, vinagre e alimentação animal, tem mercado global de US$ 2,6 bilhões, dos quais 80% estão concentrados na China. O Brasil produziu 4 milhões de toneladas, mas exportou apenas 4%, deixando enorme potencial inexplorado.
O retorno das compras americanas, após acordo entre Trump e Xi, cria concorrência direta ao Brasil. EUA se reposicionam como principal competidor, vendendo sorgo e impulsionando seu agronegócio. Trump comemorou nominalmente a retomada do comércio agrícola com a China, destacando o impacto no sorgo “em grande escala”.
Além do sorgo, a China habilitou cinco empreendimentos a exportar grãos de destilaria (coprodutos do etanol de milho). O timing é desfavorável: o Brasil conquista acesso, mas perde vantagem competitiva diante do retorno maciço dos EUA, fruto de negociação política entre Washington e Pequim.