Na busca incessante por assegurar a segurança alimentar para sua vasta população, a China reforça seu compromisso com o avanço tecnológico no setor agrícola. O Ministério da Agricultura do país asiático, em declaração recente, enfatizou a necessidade de intensificar a pesquisa e o desenvolvimento em tecnologia agrícola. “É necessário intensificar a aplicação de pesquisa e desenvolvimento, não deixar pedra sobre pedra para acelerar a soja de alto rendimento e alto teor de óleo, avançar em tecnologias essenciais, como maquinário agrícola em áreas montanhosas e acidentadas, e integrar e fortalecer a aplicação de tecnologias”, afirmou o Ministério.
Este movimento da China, que é o maior comprador mundial de soja e milho, visa incrementar a produtividade de grãos e oleaginosas em suas terras agrícolas já existentes. O objetivo claro é garantir uma base alimentar estável para sua população de 1,4 bilhão de pessoas. A nação percebe a importância da autossuficiência alimentar, especialmente considerando o contexto global atual, marcado por tensões comerciais, desastres climáticos e conflitos.
Para alcançar essas metas ambiciosas, a China planeja estabelecer um comitê consultivo estratégico de inovação científica e tecnológica. Este comitê terá a função de fornecer orientações para as decisões sobre estratégias, planos e políticas chave de tecnologia agrícola, uma medida que reflete a seriedade e o comprometimento do país com o tema.
O relatório sobre a colheita recorde de milho de 289 milhões de toneladas em 2023, juntamente com abundantes safras de outros grãos, é um testemunho do sucesso dos esforços chineses. Este aumento deve-se em parte à expansão da área de plantio, uma ação estratégica das autoridades chinesas que reverteram terras anteriormente destinadas a outras culturas para a produção de grãos básicos.
No entanto, apesar desses avanços, a China permanece vigilante com relação à segurança alimentar. As preocupações são acentuadas por fatores como as crescentes tensões com parceiros comerciais, desastres relacionados ao clima e conflitos militares. A estratégia chinesa de fortalecer a tecnologia agrícola, portanto, não é apenas uma medida de crescimento, mas também um passo crucial para a soberania e a segurança alimentar, temas que ganham relevância crescente no cenário geopolítico global.