A China declarou apoio formal à Venezuela na defesa de sua autonomia e de seus interesses estratégicos, elevando a temperatura geopolítica na América Latina. Em encontro com o chanceler venezuelano Yvan Gil, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, destacou a “solidez da parceria” e a “confiança recíproca” entre Pequim e Caracas, sinalizando alinhamento político em um momento de pressão internacional.
Segundo Wang Yi, a China entende que a comunidade internacional “compreende e apoia a posição da Venezuela na defesa de seus direitos e interesses legítimos”. A manifestação ocorre logo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenar o bloqueio total de petroleiros sancionados ligados ao regime de Nicolás Maduro, ampliando o cerco econômico e estratégico ao país sul-americano.
Como parte da ofensiva, Washington intensificou a presença militar no Caribe, com o envio de aeronaves, navios e do maior porta-aviões da frota americana. Trump afirmou que a Venezuela está “cercada” e indicou a possibilidade de ampliar ainda mais as ações contra o regime. O comando militar dos EUA sustenta que a operação tem como foco o combate ao narcotráfico, argumento já utilizado em apreensões anteriores de embarcações venezuelanas. O movimento chinês, porém, deixa claro que o tabuleiro regional passa a ter atores dispostos a confrontar a estratégia americana.