O embaixador chinês no Brasil, Qiu Xiaoqi, condenou as sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, classificando-as como "interferência nos assuntos domésticos" brasileiros.
"Nos opomos à interferência hegemônica", declarou, defendendo um "sistema internacional mais justo e democrático".
Qiu destacou que China e Brasil são "amigos do multilateralismo" e criticou o que chamou de "unilateralismo e hegemonia" americana. No entanto, especialistas observam que Pequim aproveita a crise institucional brasileira para avançar sua influência geopolítica, enquanto mantém práticas autoritárias em seu próprio território.
A defesa chinesa ocorre em meio a críticas internacionais por censura, controle da internet e pressões sobre Taiwan, levantando dúvidas sobre o real interesse de Pequim em se posicionar sobre liberdade de expressão e independência judicial no Brasil, sugerindo que o apoio a Moraes tem mais motivação estratégica do que ideológica.