Choquei: Ativismo político e irresponsabilidade midiática resultam em consequências fatais

No período de 14 dias, página emitiu duas notas com fake news e agora retoma suas atividades.

· 2 minutos de leitura
Choquei: Ativismo político e irresponsabilidade midiática resultam em consequências fatais

O perfil Choquei, notório por entrelaçar fofocas e ativismo político, retomou suas publicações regulares nesta sexta-feira (5), antecedendo a estreia do Big Brother Brasil (BBB) 24, da TV Globo. Esta retomada ocorre apenas duas semanas após a disseminação de imagens falsas, que alcançaram milhões de seguidores e culminaram na morte trágica de uma jovem de 22 anos, originária de Minas Gerais.

Na sequência do incidente, o Choquei emitiu duas notas tentando justificar seu envolvimento. Contudo, essas tentativas falharam, pois a comunidade da rede social X identificou novas falsidades nas alegações do perfil sobre o caso. Notoriamente, o Choquei não expressou nenhum pedido de desculpas oficial pelo ocorrido.

A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou uma investigação rigorosa, incluindo a solicitação de quebra de sigilo de perfis relacionados ao trágico evento. Raphael Sousa Oliveira, responsável pelo Choquei, prestou depoimento em 28 de dezembro, marcando um avanço na investigação.

No entanto, até o momento, surpreendentemente, nenhuma responsabilização recaiu sobre o Choquei ou outros perfis envolvidos na difusão da calúnia, como o perfil Garotx do Blog, vinculado à Mynd8. Mais alarmante ainda é a postura do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo “inquérito das fake news”, que optou por ignorar este caso de grave impacto social. Decorridos 14 dias desde a morte da jovem mineira, a Corte manteve-se em silêncio, sem indicar a possível inclusão deste perfil na investigação.

É crucial destacar que, no inquérito do STF, a grande maioria dos investigados são críticos da Corte e possuem inclinação política à direita. Em contraste flagrante, o proprietário do Choquei, com sua proximidade notável com a primeira-dama Janja da Silva, utilizou sua influência nas redes sociais para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, inclusive divulgando informações privilegiadas no período eleitoral.

Este cenário expõe uma seletividade preocupante e uma omissão inaceitável por parte do STF, evidenciando uma possível inclinação partidária que compromete a imparcialidade da justiça. A negligência em responsabilizar perfis como o Choquei, que utilizam sua influência para disseminar informações falsas com consequências devastadoras, questiona a integridade do sistema judicial e a igualdade perante a lei. Este caso ressalta a urgência de uma revisão criteriosa das prioridades do STF, garantindo que a justiça seja aplicada de forma equânime e imparcial, independentemente de orientações políticas.