Chuvas no RS: governo federal deixou de repassar um terço das verbas prometidas na última tragédia

Atraso em liberações estaria relacionado à falta de projetos que precisam ser apresentados pelas prefeituras e pelo governo do estado para que haja o repasse de recursos

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Chuvas no RS: governo federal deixou de repassar um terço das verbas prometidas na última tragédia
Rio Grande do Sul é atingido por fortes chuvas - Reprodução/ Redes Sociais

Desde a tragédia provocada pelo ciclone extratropical em setembro passado, o Rio Grande do Sul enfrenta desafios significativos com novas chuvas intensas, resultando em mortes e desabrigados. O governo federal havia prometido R$ 500 milhões em auxílio emergencial, mas até abril deste ano, apenas R$ 325 milhões foram efetivamente repassados aos municípios afetados, correspondendo a 65% do total anunciado.

Um levantamento realizado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, responsável pela Defesa Civil Nacional, indica que a demora no repasse dos fundos está ligada à ausência de projetos detalhados por parte das prefeituras e do governo estadual, essenciais para a liberação dos recursos.

O processo de liberação requer que as prefeituras apresentem justificativas e documentações que comprovem a aplicação dos fundos. "Após essa etapa, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as solicitações e, com a aprovação, uma portaria é publicada no Diário Oficial da União com os valores a serem liberados", esclarece o ministério.

Dos valores já liberados, o governo estadual recebeu R$ 82 milhões, empregados principalmente em necessidades imediatas, como aquisição de água e alimentos. Entre os municípios, Arroio do Meio se destaca com R$ 34,7 milhões recebidos, utilizados em uma variedade de ações emergenciais, desde a compra de kits de higiene até a reconstrução de infraestrutura crítica como escolas e unidades de saúde.

Lajeado, severamente afetado pelas recentes chuvas, obteve R$ 2,4 milhões para emergências. Apesar dos esforços, o município aguarda reconhecimento federal de estado de emergência para avançar com mais projetos e garantir recursos adicionais.