O governador Cláudio Castro (PL-RJ) lidera articulação junto aos Estados Unidos para que o Comando Vermelho (CV) seja oficialmente reconhecido como organização terrorista. A iniciativa, apoiada por outros governadores, prevê sanções econômicas, rastreamento de financiamentos internacionais e facilitação de pedidos de extradição de líderes da facção em países vizinhos. O CV é descrito como “sofisticado, transnacional e brutal”, com forte atuação no tráfico de drogas e armas.
O reconhecimento permitiria ampliar a cooperação com FBI, DEA, Interpol e ONU, atingindo também empresas de fachada e aliados financeiros do CV no exterior. A ação vem após a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, que deixou mais de 120 mortos.
O governo federal resiste à iniciativa. Auxiliares de Lula argumentam que a designação poderia gerar “efeitos colaterais” para o sistema financeiro brasileiro e até questionar a soberania nacional em operações internacionais. A movimentação de Castro evidencia o choque entre políticas estaduais e a postura cautelosa do Planalto no combate às facções criminosas.