A recente mudança nas metas fiscais, anunciada pela equipe econômica, projetou um cenário alarmante para a estabilidade financeira do Brasil. A decisão de flexibilizar as metas fiscais reflete diretamente no aumento da dívida pública, que agora, segundo projeções, só retornará ao patamar de 2023 após dez anos. Essa alteração sugere um prolongado período de vulnerabilidade econômica, com a dívida bruta do governo prevista para atingir 76,6% do PIB em 2024, escalando para 79,7% em 2027.
Especialistas e o mercado financeiro veem com preocupação essa trajetória, destacando que seria necessário um superávit de 1% do PIB apenas para estabilizar o endividamento. No entanto, essa meta só é esperada para ser alcançada no próximo governo, em 2028, deixando o país em uma posição fiscal delicada por vários anos.
As projeções apontam para uma redução muito gradual da dívida, que só começaria a diminuir significativamente a partir de 2028, atingindo 74,5% do PIB em 2034. Esse panorama revela a gravidade das decisões fiscais tomadas, que comprometem não apenas a saúde econômica atual, mas também as perspectivas de recuperação a longo prazo do país.