O Banco Central prepara-se para a última reunião do Copom neste ano, marcada para 10 e 11 de dezembro, e o mercado prevê uma nova alta na taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano. O aumento de pelo menos 0,50 ponto percentual é esperado para conter a inflação, que acumulou 4,76% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa medida busca controlar os preços ao restringir o crédito e reduzir o consumo, impactando diretamente a economia.
O diretor de Política Monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, indicou que o cenário exige "juros mais altos por mais tempo", justificando a necessidade de uma política monetária mais rígida. Segundo ele, a dinâmica econômica e a desvalorização da moeda doméstica reforçam essa postura. O objetivo é evitar que a inflação descontrole o mercado e agrave a instabilidade.
Projeções apontam para diferentes cenários, com especialistas divididos entre altas de 0,50 e 0,75 ponto percentual. Enquanto o mercado financeiro aposta em um aumento para 11,75% ao ano, há análises que indicam ajustes maiores. A decisão será crucial para estabilizar os preços, mas também elevará os desafios para consumidores e investidores.