O Palácio do Planalto articula a entrega do comando dos Correios ao grupo político do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), após a saída de Fabiano Silva dos Santos. O ex-presidente da estatal pediu demissão em meio ao rombo de R$ 2,6 bilhões em 2024 e à pressão por cortes e venda de ativos, medidas que ele resistia em adotar.
A troca ocorre num momento estratégico: o Novo Banco de Desenvolvimento, presidido por Dilma Rousseff, avalia liberar R$ 3,8 bilhões à estatal. O projeto, chamado de “plano de modernização e transformação ecológica”, prevê investimentos sustentáveis e alívio ao caixa dos Correios, que acumulam o pior déficit entre as estatais.
A possível nomeação de um aliado do União Brasil ao cargo reforça o aceno do governo ao Centrão, numa tentativa de recompor apoio político no Congresso. Com recursos internacionais e influência estratégica, os Correios se tornam moeda valiosa nas negociações do Executivo.