Como coibir a 'adultização' de crianças nas redes sociais

Projetos na Câmara visam aplicar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao ambiente digital para combater a exploração infantil

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Como coibir a 'adultização' de crianças nas redes sociais
Influenciador Felca. Reprodução/redes sociais

A discussão sobre a “adultização” de menores nas redes sociais ganhou força após um vídeo do influenciador Felca denunciar a exposição inadequada de crianças, viralizado em 6 de agosto.

Desde então, treze projetos foram apresentados na Câmara dos Deputados para ampliar as proteções do ECA, criado em 1990, para o meio digital. Diferente do Projeto de Lei das Fake News, que enfrentou resistência por ameaçar a liberdade de expressão, essas propostas têm apoio tanto de parlamentares da direita quanto da esquerda, o que aumenta suas chances de avanço.

Especialistas como Marianne Batista, cientista política, e Juliana Sena Ikeda, advogada, destacam que o problema não está em criar novas leis para regular as redes sociais, mas em aplicar rigorosamente as normas já existentes para proteger crianças e adolescentes.

Segundo elas, a proteção deve ser estendida para todas as plataformas digitais, respeitando a liberdade de expressão, sem abrir espaço para censura excessiva. A questão exige atenção urgente para evitar que menores sejam expostos a conteúdos inadequados e explorados na internet.