No Centro Educacional Irmã Maria Regina, em zona rural de Brasília, a internet falha e os computadores seguem encaixotados. Segundo o Estadão, a unidade consta como se tivesse 800 Mbps de conexão, mas mal atinge 61 Mbps. O contraste escancara a distância entre as metas do Ministério da Educação e a vida real dos alunos brasileiros.
Um levantamento revela que mais de 15 mil escolas públicas têm conexão abaixo do mínimo, embora constem como aptas ao uso pedagógico. Em São Paulo, são 1,8 mil. O governo ignora o medidor oficial e aceita autodeclarações sem comprovação técnica, inflando dados e sustentando uma ficção de progresso digital.
O próprio MEC admitiu que o programa depende da "boa vontade dos gestores" e que o medidor é frequentemente removido. A solução? Usar "fontes alternativas". Para Paloma Rocillo, diretora de instituto de pesquisa, “barreiras geográficas não justificam tamanho abismo digital”.
