A derrubada do veto ao Marco Regulatório de Energia Offshore, aprovada por 347 deputados, abre caminho para a contratação obrigatória de usinas como PCHs, eólicas e projetos de hidrogênio. A medida, apoiada por 92,6% da bancada do PT e partidos aliados, pode encarecer a conta de luz em até R$ 197 bilhões nos próximos 25 anos, segundo a Abrace.
Entre os impactos diretos, estão R$ 140 bilhões referentes às pequenas hidrelétricas, R$ 24 bilhões na extensão do Proinfa, R$ 28 bilhões para projetos de hidrogênio e R$ 5 bilhões em energia eólica no Sul — mesmo sem demanda comprovada. A Frente Nacional dos Consumidores de Energia cogita acionar o STF, apontando ausência de debate técnico.
O senador Humberto Costa defendeu a derrubada como "estratégia negociada". Ainda assim, o custo pode recair sobre milhões de consumidores, em um movimento que uniu governo, base e oposição.