A recém-revelada colaboração entre Lula e o ministro do STF, Cristiano Zanin, exemplifica uma preocupante politização da justiça brasileira. Zanin, ex-advogado de Lula e recentemente indicado ao Supremo, acatou uma liminar que suspende a desoneração de impostos para 17 setores econômicos, uma medida crucial para a saúde fiscal do país. A Advocacia Geral da União, curiosamente, apoiou que Zanin relatasse o caso, ampliando as suspeitas de conflito de interesses.
Este ato não apenas questiona a independência do STF, mas também representa um desrespeito flagrante ao processo legislativo, exacerbando as tensões entre o Planalto e o Congresso. A decisão, que ignora uma lei aprovada pelo Congresso sobre desoneração, foi criticada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que destacou a necessidade de decisões judiciais despolitizadas e fundamentadas em sólidos argumentos financeiros e legais.
Essa interferência do Executivo no Judiciário, com a cumplicidade de um STF cada vez mais ativo politicamente, ameaça não só a governança fiscal como também a estabilidade institucional do Brasil, pavimentando o caminho para um possível impeachment judicial no futuro.