O fundo de pensão Petros levantou acusações contra a J&F, conglomerado sob a liderança de Wesley e Joesley Batista, por supostamente influenciar a decisão do Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), resultando na anulação de uma multa de R$10,3 bilhões. Este valor era parte de um acordo de leniência firmado em 2017, no qual se reconhecia a prática de irregularidades financeiras, prometendo à Petros uma compensação de R$1,75 bilhão distribuída ao longo de 25 anos. Um caso similar envolve o Funcef, o fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal, que também esperava uma indenização equivalente e recorreu ao STF desafiando o veredicto em prol da J&F.
Conforme relatado pelo jornal O Globo, o Petros sustenta que o veredicto de Toffoli foi comprometido por uma "falta de fundamentação", possivelmente devido à omissão de informações cruciais por parte da J&F, levando o ministro a um julgamento equivocado.
Adicionalmente, o Petros destaca que o acordo firmado com a J&F foi estabelecido sob a Operação Greenfield, completamente alheia às investigações da Operação Lava Jato, sublinhando a distinção entre as duas investigações: “(…) estamos diante de investigações separadas, conduzidas por equipes distintas e sem qualquer relação com as irregularidades apuradas na Operação Lava Jato, isentas de quaisquer evidências que indiquem uma influência mútua entre a Operação Greenfield e os procedimentos questionáveis adotados pela equipe da força-tarefa do Paraná e pelo juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba”.
Este episódio incita uma profunda reflexão sobre a precisão das decisões judiciais e a importância de uma apresentação transparente de fatos e dados em processos de grande relevância econômica e social, especialmente quando envolvem acordos de leniência que buscam reparar danos extensos causados por práticas corruptas.