A COP30 encerrou-se em Belém com um documento final tímido, incapaz de estabelecer metas claras para combustíveis fósseis e desmatamento. O encontro foi marcado por fiascos sucessivos: incêndio na área de negociações, invasão com feridos e quebras logísticas que obrigaram o secretário-executivo da ONU a enviar carta cobrando condições mínimas um constrangimento inédito para o país.
Com a rede hoteleira em colapso, o governo gastou R$ 71,7 milhões em cruzeiros para acomodar participantes, enquanto hotéis locais inflavam preços em até dez vezes. Nem o simbolismo foi poupado: a embarcação presidencial queimou 4 mil litros de diesel durante um evento dedicado ao clima.
A ausência de líderes globais evidenciou o desgaste internacional. Trump, Xi Jinping e Milei não compareceram, e Macron deixou o encontro antes da foto oficial. No balanço final, a cúpula se perdeu entre improvisos, vaidade política e promessas vazias — um retrato fiel da incapacidade administrativa que marcou toda a conferência.