Na última reunião de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 11,25% ao ano, sinalizando uma resposta contundente ao cenário de descontrole nas contas públicas. A alta nos gastos do governo pressiona a inflação e coloca em xeque a saúde econômica do país, demandando do Banco Central um ajuste duro para tentar conter a instabilidade. O recado é claro: sem disciplina fiscal, os juros continuarão a subir.
O Copom ressaltou que o descontrole fiscal ameaça a meta de inflação e compromete o controle da dívida pública, sinalizando que o cenário de 2024 pode trazer índices de inflação superiores aos projetados. A previsão do Boletim Focus já aponta uma taxa de 4,62% para o próximo ano, um desvio preocupante da meta. A postura governamental, se continuar irresponsável, ampliará o “desconforto” econômico, impactando diretamente o bolso dos brasileiros.
Enquanto a inflação mostra sinais de resistência, o Copom indica que o pacote de cortes orçamentários planejado pelo governo é apenas um primeiro passo, mas insuficiente se não vier acompanhado de regras claras e previsíveis. Sem comprometimento real com uma gestão fiscal rígida, a pressão sobre a política monetária seguirá alta, prolongando as dificuldades e limitando o crescimento econômico do país.