Os Correios atravessam sua pior crise financeira em anos. Entre janeiro e setembro de 2024, a empresa acumulou um prejuízo de R$ 2 bilhões, maior valor já registrado nesse período. Caso a tendência se mantenha, o déficit anual deve ultrapassar os R$ 2,1 bilhões de 2015. Indicado pela proximidade política, Fabiano Silva dos Santos, apelidado de “churrasqueiro de Lula”, enfrenta duras críticas pela deterioração das contas.
Para tentar conter o rombo, medidas como renegociação de contratos e suspensão de contratações foram anunciadas, mas com projeções de receita reduzidas para R$ 20,1 bilhões, a estatal segue com um prejuízo previsto de R$ 1,7 bilhão. Internamente, o risco de insolvência já é discutido, levantando temores de um resgate pelo Tesouro Nacional, com impacto direto no orçamento público.
A gestão enfrenta questionamentos sobre o aumento de despesas e a priorização de interesses alheios à recuperação econômica da estatal. Especialistas apontam que, sem mudanças estruturais, a crise pode comprometer a sustentabilidade de uma das empresas mais icônicas do país.