A crise financeira dos Correios voltou aos holofotes com a divulgação de prejuízos acumulados e acusações cruzadas entre gestões. Jair Bolsonaro destacou, em entrevista, que sua administração deixou a estatal superavitária, atribuindo os recentes problemas a decisões do governo Lula. “Nos quatro anos em que os Correios foram superavitários comigo, passou a ser deficitário no último ano porque, no Brasil, até o passado é incerto”, disse o ex-presidente, rebatendo tentativas de transferir a culpa.
O principal impasse gira em torno de um passivo trabalhista de R$ 1 bilhão. Bolsonaro afirmou que tal dívida nunca foi reconhecida por ele ou Michel Temer, mas sim pela gestão atual, o que teria agravado a situação. Ele também criticou a “taxa das blusinhas”, de 20% sobre compras internacionais, que teria retirado R$ 1 bilhão da receita da estatal.
Documentos internos reforçam a deterioração da empresa, atribuindo os problemas a sucateamento e baixos investimentos entre 2019 e 2021. Bolsonaro defendeu seu legado, alegando que sua gestão foi responsável e que as dificuldades atuais são fruto de escolhas políticas equivocadas da nova administração.