A situação financeira dos Correios piorou drasticamente. A estatal suspendeu o pagamento de R$ 2,75 bilhões em dívidas, incluindo débitos com fornecedores, tributos e benefícios trabalhistas.
A decisão visa manter a liquidez após 11 trimestres seguidos de prejuízo — nove deles sob a gestão de Fabiano Silva, indicado por Lula e recém-saído do cargo.
Na lista de inadimplência estão R$ 741 milhões de INSS patronal, R$ 363 milhões ao Postal Saúde e R$ 238 milhões em vales. Transportadoras já acionam a Justiça por R$ 104 milhões.
Receita aponta ainda R$ 1,3 bilhão em tributos não pagos. A empresa tenta captar R$ 1,8 bilhão, mas não revela se via bancos ou Tesouro. Dois empréstimos, somando R$ 550 milhões, já foram feitos neste ano.
O cenário contrasta com o lucro de R$ 3,7 bilhões em 2021. Agora, no primeiro trimestre de 2025, o prejuízo chegou a R$ 1,7 bilhão, o maior desde 2017.