Desde março de 2023, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deixou de acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagens nacionais e internacionais, alegando restrições orçamentárias. O setor de Inteligência de Proteção, estruturado no governo anterior, desempenhava um papel crucial ao planejar ações de segurança em eventos presidenciais, mas suas atividades foram transferidas para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comprometendo a eficácia das operações.
A Abin também enfrenta investigações pelo uso do software FirstMile, que permite rastrear dispositivos móveis. Dados coletados na gestão anterior continuam em uso, levantando dúvidas sobre a legalidade e transparência das práticas. A Polícia Federal já realizou operações a mando do ministro Alexandre de Moraes para apurar irregularidades, mas a agência ainda não apresentou esclarecimentos consistentes.
Esses episódios evidenciam uma falha grave na gestão da segurança presidencial e na governança da Abin, levantando preocupações sobre o impacto de decisões administrativas no planejamento estratégico e na proteção do chefe de Estado.