A mobilização parlamentar para criar uma CPI que investigue a atuação da Usaid no Brasil avança rapidamente. Com 98 assinaturas já colhidas, a oposição busca expor o que considera uma tentativa de manipulação política orquestrada por interesses estrangeiros. O alerta veio de Mike Benz, ex-funcionário da agência americana, que revelou que o financiamento de organizações locais teria sido decisivo para enfraquecer a gestão de Jair Bolsonaro. O caso levanta sérias suspeitas sobre a real autonomia do processo eleitoral e a liberdade de expressão no país.
Para os parlamentares envolvidos, a suposta interferência externa representa uma afronta direta à soberania nacional. Gustavo Gayer classificou a Usaid como um instrumento de censura e manipulação, destacando que ONGs financiadas por essa agência teriam ajudado a silenciar vozes conservadoras. A CPI, segundo ele, será fundamental para “expor e esclarecer” os bastidores dessa ingerência e revelar como esse mecanismo operou nas últimas eleições.
Com apoio de nomes como Carla Zambelli, Nikolas Ferreira e Ricardo Salles, a comissão promete abalar a estrutura política nacional. O governo, que até agora se esquivou do assunto, deverá enfrentar uma onda de questionamentos. Se instalada, a CPI pode ser o primeiro passo para desmontar um esquema que há anos opera nos bastidores da política brasileira, trazendo à tona um possível conluio entre agentes externos e grupos internos dispostos a manipular o destino do país.